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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A lei de Edward A. Murphy

A cada dia que passa tenho mais certeza que Edward A. Murphy tinha razão quando dizia que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará. Digo isso porque não pode ser só coincidência toda vez que estou na fila do supermercado ou até mesmo no transito só a minha não anda ou quando esta chegando minha vez ocorre algum problema e acabo ficando um tempão na fila enquanto vejo as outras pessoas indo embora, ou até mesmo quando estou com uma questão à ser resolvida, ela acaba sempre sendo da pior forma. Chega a ser até engraçado porque isso é uma constante em minha vida. Só não consigo rir mais porque para minha infelicidade ainda sou um TDAH e só quem é sabe do que estou falando. Tenho muita urgência de resolver meus problemas para poder pensar em outros e quando as coisas dão errado sou obrigado a ficar me remoendo com meus problemas antigos... Isso doe....rs. Mas tudo bem, pelo menos sirvo de prova que Edward A. Murphy tem razão mesmo!

A Ritalina não faz milagre ou sou mesmo Azarado...

Pois é, depois de muito tempo resolvi postar novamente em meu blog na esperança de que alguém tenha algumas respostas. Fui há alguns meses atrás em um psiquiatra, na esperança de encontrar um pouco de respostas sobre quem sou.  Sai de lá com mais algumas dúvidas que ainda não tinha, pois fui diagnosticado como TDAH que até aí nenhuma surpresa, mas além disso descobri que tenho fobia social, que de certa forma explica um pouco meus comportamentos com as pessoas e com algumas situações que me deixavam quase sem ar.
Bom, para quem não sabe, a fobia social causa muita dificuldade no relacionamento com as pessoas e em certas situações como: uma reunião com cliente, um jantar em casa de amigos, uma conversa informal com mais de uma pessoa e aí por diante... Comer em um restaurante era uma tortura, pois a sensação de estar sendo observado me causava tremedeiras e suor intenso. Sem falar nas provas de fogo que era ter de encarar uma reunião com um cliente ou um encontro romântico.
Depois de ter conhecimento sobre mais esse problema comecei a tomar o tal do Venlaxin e a tão esperada Ritalina que seria a cura para todos os meus males. Posso dizer que o Venlaxin tem me ajudado muito e acredito que tive grandes progressos, agora no caso da Ritalina, ou eu esperei mais do que ela realmente podia me ajudar ou faço parte do grupo de sortudos que não tem resposta positiva há esse tipo de medicamento. Sei disso porque continuo procurando minha carteira e chaves quando minutos depois descubro que estou  com eles em minha mão ou que continuo passando minhas noites em claro com a cabeça povoada de infinitas ideias e quando amanhece acho tudo uma grande besteria e chego a ficar até irritado se continuo pensando nisso. A sensação que tenho é que durante a noite ja coloquei em pratica e ao amanhecer descobri que não dava certo mesmo. Por outro lado estou começando a achar essa ideia de ter TDAH até que boa. Falo isso porque tenho observado funcionários e amigos e de certa forma me sinto diferente deles, pois apesar de não concluir 90% das minhas geniais ideias, me sinto sempre motivado e alimentado por elas, sinto até que muitas vezes sou injusto ao cobrar essa mesma motivação de outras pessoas. O fato de eu ser ligado no 220 deixa as pessoas que me rodeiam um pouco irritadas, pois quero tudo pra ontem e não tenho limites. Por mim trabalharíamos 24hrs.
Em resumo, ao invés de  tentar me curar do TDAH estou aprendendo a lidar com ele. A unica coisa que realmente me incomoda é o fato de ter muitas variações de humor durante o dia, no mais vou filtrando o que é delírio e o que pode ser colocado em prática.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ONDE O TDAH MAIS ERRA

Vou relatar um grande erro que cometi ontem e que é uma das características predominante no TDAH além claro do esquecimento. Minha esposa ontem estava na eminência de ganhar nenê e eu como um bom TDAH descarreguei todo minha ira nela sem nem se quer exitar um minuto, não tive uma gota de bom senso em preserva-lá. Fomos hoje para o hospital e não lhe dirigí a palavra por todo o trajeto e ainda por cima me reservei o direito de achar que estava certo, claro o portador de TDAH sempre acha uma desculpa para suas besteiras. Bom, o fato é que assim que ela foi para a sala de pré parto, me caiu a ficha de que eu sou um estúpido mesmo e que por mais que eu buscasse uma desculpa nada justificava minha atitude. Nesse momento foi que me bateu o desespero. E se acontecer algo? Não terei tempo de pedir desculpa e dizer à ela o quanto eu a amo e o quanto ela é importante em minha vida. Graças a Deus pude ficar com ela na sala de cirurgia e pude pedir desculpa e dizer o que estava me sufocando. Quero dizer com isso que tendo TDAH ou não, seja coerente e não mire sua metralhadora na pessoa errada, pois pode acertar em cheio quem te ama de verdade e pode não haver tempo para o socorro.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

MAIS UM DIA DE TDAH





Hoje foi um dia particularmente difícil, passei o dia todo tentando controlar meus pensamentos ou pelo menos tentando organiza-los....O que me deixa mais irritado é que não consigo pensar em uma coisa só.....não isso é impossível, pois minha cabeça quer resolver tudo de uma só vez para que eu tenha a sensação de que tudo esta organizado e que eu sou um cara equilibrado. A verdade é que não consegui controlar isso e no final do dia por volta das sete da noite quando eu deveria estar indo para casa ficar com minha esposa que esta gravida e quase para ganhar o nenê, fiquei na frente do computador atrás de informações inúteis e sem sentido, fiz isso por uma necessidade quase que irracional de cansar meu cérebro e fazer com que ele chegasse a exaustão e eu conseguisse parar de pensar tanto. E para completar quando cheguei em casa minha mulher e minha sogra estavam de cara feia e eu ao invés de tentar mudar o clima também me fechei e fiquei sem falar com elas. Queria mesmo saber porque sou tão egoísta e incapaz de reconhecer meus erros e ainda por cima fico esperando que as pessoas sejam compreensivas comigo. É estranho ter consciência de uma determinada atitude mas ao mesmo tempo não conseguir muda-lá. Tenho sentindo que minha percepção sobre o TDAH me deixou melhor e pior ao mesmo tempo. Vou explicar...
Por ter conhecimentos dos males do TDAH sou capaz de mudar alguns de meus comportamentos e as vezes consigo ser uma pessoa melhor, mas em contra partida por ter que me policiar constantemente, acabo ficando exausto e é nesse momento que fico muito pior, pois vou ao limite dos absurdos de um TDAH. Sei que minha batalha é árdua por não ter condições financeiras para fazer o tratamento e minha luta com base nas pesquisas que faço na internet não são suficientes, mas gostaria muito de saber onde começa e onde termina os reias efeitos do TDAH. Até onde posso culpar essa doença?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ta certo, eu acredito...

Logo eu que não acreditava em nada, não que eu seja ateu, pois acredito em Deus, mas da minha maneira. Nunca gostei  de adorações  ou coisa to tipo, acredito apenas em ação e reação do tipo; fiz aqui e pago aqui mesmo. Mas descobri ontem que tem alguem lá em cima que se preocupa e que cobra quando não cumprimos com nossas promessas. Prestem atenção em minha história e me digam se é pura conhecidência ou uma prova de que ele esta de olho. Anteontem quando estava tomando banho comecei a pensar em uma promessa que havia feito quando meu filho ficou doente. Prometi que nunca mais colocaria um cigarro na boca, mas não durou muito e a um ano e pouco tive um recaída e faltei com minha palavra.... voltei a fumar ainda mais do que fumava antes e para ajudar, minha situação financeira em baixa era um estímulo há mais para meus varios cigarros fumado durante o dia. Bom, fui trabalhar no dia seguinte, disposto a cumprir minha promessa, pois talvez fosse esse o motivo de minha vida estar tão capenga. Que nada, metade do dia hávia se passado e não entrava nenhum trabalho. Pensei... sabe de uma coisa, vou pedir para meu funcinonário pegar um maço de cigarro para mim e esquecer essa besteira toda, pois nada vai mudar e Deus tem coisas mais importante para se preocupar e não ficaria perdendo tempo  comigo. Foi aí que fui vencido pela minha falta de fé. Minutos depois que o cara saiu, tocou o telefone que estava em minha mesa e para minha surpresa era um grande pedido, um daqueles capaz de colocar um sorriso na cara de qualquer um. Moral da história é que não fumei mais e que esses dois dias foram ótimos e valeu pelo mês todo.....rs.
Sei que você deve estar se perguntando... O que isso tem haver com TDAH?  Tudo! Pois somos imediatistas, pessimístas e perdemos nossa crença em nós mesmos e nos outros por conta de nossas frustrações. Só me dei conta disso depois desse evento, porque por mais sético que eu seja não posso dar as costas para um fato como esse e com certeza tem algo muito além do que podemos entender e que é preciso colocar algumas coisas na mão de Deus pois nem tudo podemos resolver.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amenizando o sofrimento do TDAH

Descobri que era um TDAH a mais ou menos 2 anos e nesse período venho trabalhando em algumas formas de amenizar meus sofrimentos. Umas das coisas que me ajuda quando estou muito agitado e com a cabeça a 200 km por hora é justamente pisar no freio e não deixar que meus pensamentos saiam do controle. Procuro achar um lugar que esteja o mais silêncioso possível e foco meu pensamento em algo que me deixe feliz mais ao mesmo tempo não me deixe agitado. É uma dica simples e até meio óbvia mas por incrível que pareça nos esquecemos de olhar para dentro de nós mesmos e acabamos por levar a vida de qualquer jeito. Não podemos mudar tudo mas com certaza há muita coisa que podemos fazer para tornar nossos dias mais fáceis. Um grande abraço a todos e fiquem à vontade para comentar no blog.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012













Muita raiva.......É tudo o que posso dizer nesse momento, e atreva-se a me perguntar porque e vai levar um nãoooooo sei bem grande. Talvez seja isso mesmo. Raiva do que não sei, raiva do que deixei de fazer, raiva de tudo não ter se movido nem um centímetro. Que raiva é essa ? Mas tudo bem, amanhã é outro dia e quem sabe sentirei raiva de algo que faça sentido. Me comprometi a contar um pouco de minha história hoje, mas para falar a verdade não sinto forças para me concentrar e acho que não vai ser dessa vez.  Fiz questão de expor minha ira, pois é exatamente assim que um TDAH se sente quando muda de humor num estalar de dedos e sai do bem estar para um sentimento negativo em segundos.
Mas nem tudo é dor, com o passar do tempo fui adquirindo formas de amenizar esses sentimentos e trocá-los por pensamentos bons. Não sei se funciona para todos, mas no meu caso ajuda muito. Troque aquela respiração ofegante típica de um TDAH... por uma respiração mais profunda. Percorra com os olhos tudo que te rodea e sinta a energia dos objetos. Um TDAH costuma dar vida as coisas. Com 10 minutos vc terá trocado seus pensamentos negativos por pequenas histórias criadas em sua cabeça. Como pensamos de mais e isso não podemos mudar, então ao menos vamos canalisar nossos pensamentos e tirar proveito disso. Por hoje é só!

Uma caracteristica predominante no TDAH

Bom, como não poderia ser diferente, passei o dia inteiro ensaiando para fazer a primeira postagem no blog. Será que sou um tdah? Pretendo contar minha história desde o princípio de minhas lembranças, onde comecei a ter meus primeiros sintomas do tdah. Vou contar passagens que serão interpretadas por mim como também descreverei pontos de vista de pessoas que conviveram e que convivem ainda hoje comigo! Se Deus permitir e meus pensamentos não se perderem por aí, amanhã dia 06/02/2012 darei início a minha história.